Minggu, 27 November 2016

Novo supercomputador japonês pode ser mais potente que 31 mil PS4 Pro


A pesar de as guerras sino-japonesas terem deixado cicatrizes profundas na relação entre chineses e japoneses e, por conta disso, ainda serem um tabu para a população oriental mais velha, o Japão parece estar se preparando para realizar um novo ataque contra a China. Calma, não se trata de nenhum incidente diplomático ou de novos combates sangrentos entre as duas nações: a disputa agora é pelo título do país dono do supercomputador mais rápido do mundo.


Segundo a Reuters, pesquisadores nipônicos podem estar planejando a construção de um equipamento sem precedentes, com poder de processamento de nada menos que 130 petaflops. Para efeito de comparação, isso faz com que ele seja cerca de 30.952 vezes mais potente que o recém-lançado PlayStation 4 Pro – com seus 4,2 teraflops ou 0,0042 petaflops. A ideia é que ele seja construído dentro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão (AIST) até o ano que vem e custe US$ 173 milhões (R$ 592 milhões).



Para Satoshi Sekiguchi, diretor-geral da organização, não há nada no mercado que seja tão rápido quanto esse novo projeto japonês. Acredite, ele não está nada enganado. Até então, a China dominava os degraus mais altos da categoria, tendo seu Sunway TaihuLight como o supercomputador mais veloz do planeta, com a marca de 93 petaflops de processamento, seguido de outra prata da casa, o Tianhe-2, com “modestos” 34 petaflops.




Como é possível conferir, mesmo juntando o potencial bruto de ambos ainda não é possível chegar ao poder de fogo sendo desenvolvido no AIST. O salto é gigantesco até mesmo para o próprio Japão, já que o atual supercomputador mais bem colocado do país na lista das 500 máquinas mais rápidas do mundo fica apenas na sexta colocação, com cerca de 13,5 petaflops. Porém, afinal, qual o objetivo dos japoneses com essa empreitada? Provar que eles são a nação mais tecnológica da Terra, claro!
Disputa saudável

Disputa saudável


Ok, ok, o plano oficial do instituto japonês é desenvolver um equipamento robusto o suficiente para possibilitar avanços consideráveis no ramo de inteligência artificial, o que explica o motivo de o projeto se chamar AI Bridging Cloud Infrastructure (ABCI). Além disso, a iniciativa pode livrar as empresas nipônicas de dependerem de ferramentas de companhias estrangeiras como Google e Microsoft para utilizar esse poder de processamento absurdo. Com a mudanças, bastaria pagar uma taxa para a organização local para fazer seus testes.


No entanto, fica difícil ignorar o fato de que, pelo menos na última década, os grandes avanços tecnológicos têm ficado nas mãos de empreitadas chinesas e sul-coreanas, tirando aquele brilho das invenções japonesas. Desse modo, destronar um de seus grandes concorrentes no setor da supercomputação pode ser uma forma de, pelo menos parcialmente, retomar o seu lugar ao sol, certo? Resta saber se a China já não está trabalhando em uma máquina com poder suficiente para colocar todo o resto do ranking no chinelo.


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